" COALHADA ESPIRITUAL "

“ A FIM DE REPARTIR CONVOSCO ALGUM DOM ESPIRITUAL”

Romanos 1: 11

Durante anos o gosto azedo me foi intolerante. Por causa disso, tinha aversão por coalhadas naturais.

Depois de certa idade, contudo, o paladar muda e passamos a apreciar coisas que anteriormente odiávamos. Foi o que aconteceu comigo com respeito à cebola, pimentão, salada de berinjelas, e a tal coalhada natural.

Certa ocasião resolvemos fazer a coalhada em casa. Foi só então que descobri um segredinho: guardar um pouquinho dela que servirá de base para outras mais, realizando a fermentação necessária para a obtenção do produto.

Se você perder o coalho, não consegue fazer outros. Vai precisar adquirir outra base para dar, novamente, início à produção.

Fiquei feliz quando meus colegas quiseram fazer suas próprias coalhadas e passaram a me pedir um pouquinho da minha. Senti-me bem podendo repartir o produto com pessoas a quem eu queria bem.

Da mesma maneira, nossos dons espirituais precisam ser cuidadosamente preservados de forma a que tenhamos sempre um pouco para repartir com quem não tem. Preservando os dons estamos garantindo o sustento de que precisaremos para os embates da vida.

É a isso que o apóstolo Paulo se refere na carta aos romanos. Repartir dons espirituais, para que, reciprocamente, possa haver conforto por meio da fé mútua. Um pouquinho das experiências de fé partilhadas pode gerar grandes experiências de fé com aqueles que compartilham dela.

Por isso os dons não podem ser negligenciados. Do contrário, “morrem” por falta de cuidados. E não teremos como fazer uso deles nem como compartilhar. Ficaremos como as noivas néscias cujo azeite se acabou no momento em que o noivo estava chegando. (Mt.25)

Como você está cuidando do seu “coalho” ?

Paulo Braga Silveira Junior – Novembro/2013

" ENTREGA "

" Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei "

Mateus 11: 28

"Pela graça sois salvos, mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus "

Efésios 2: 8

                                   

Senhor das águas vivas, me ofereço...

Banhar-me vem, a mente e o coração,

nos mares de tua benção...  Teu perdão!

Sem teu sustento e abrigo, aqui pereço.

                     Óh! Chama ardente de consolação...

                     Perdoa o servo teu em seu tropeço

                     e dá-me nova chance, um recomeço,

                     na estrada que conduz a redenção!

                    

Teu óleo santo, sobre mim, derrama!

Minha’lma, meu viver o amor, inflama

queimando esses grilhões...  Minha mordaça...          

                         E seguirei, então, pelo caminho

                         voltando para o lar, não mais sozinho,

                         a desfrutar, feliz, tamanha graça!

Paulo Braga Silveira Junior – Novembro/2013

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