"2012 e o pequeno exército"

"Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles"... I Samuel 22:2

Enquanto o céu se enfeita com o brilho dos fogos de artifícios, alguns olhos o contemplam envoltos na mais completa solidão.

Embora as champagnes alegrem os brindes nos reveions, nos lares, nos clubes, nos bares... Muitas bocas estão sedentas por um copo d'água; por um gole de justiça; por um trago de equidade!

No exato momento em que corpos se abraçam e se entrelaçam nos cumprimentos de fim-de-ano; em que lábios se tocam na expressão do afeto e do querer bem, há um "pequeno" exército de homens que só desejam o brilho de um olhar, um ouvido aberto que os esculte, um colo onde se aninharem num abraço fraterno.

Estes compõe um grupo de Deus por quem o Amor do Pai se volta e por quem Ele entrega o seu viver. Uma multidão de vidas que aguardam a manifestação da Glória de Cristo para, então, poderem desfrutar das promesas que lhes foram feitas por "Aquele que não pode mentir".

É por estes que oro neste momento:

- Pelos que não têm ninguém que ore com eles...

- Pelos que choram sem ter quem lhes enxugue as lágrimas...

- Pelos que não têm de quem receber um abraço...

- Pelos que não possuem ninguém que os visite...

- Por aqueles que não tem mais ninguém a quem recorrer por auxílio financeiro...

- Por todos os que não conhecem mais ninguém que lhes possam dar uma palavra de Esperança...

- Por aqueles que não conseguem olhar para o ano que se inicia como uma oportunidade a mais, de vida e de renascimento!...

- Por aqueles que, sómente na Misericórdia do Santo Espírito, contemplarão o nascer de um novo tempo.

A todos estes a quem o Senhor se fez chefe sobre eles, e aos que se irmanam na fé, um Feliz 2012!

Que seja um ano em que só Deus seja louvado, honrado e glorificado pelos homens sobre a face da terra.

Paulo Braga Silveira Junior

31 de dezembro de 2011

" FELIZ NATAL "

"E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem."

(Lucas 2: 7)

Sucesso... Prosperidade... Saúde plena...
Estes têm sido os pontos proclamados pela nova linha de denominações que tomou conta do país.
Igreja, hoje, é indicativo de melhoria de vida sem, contudo, objetivá-la como plenitude ofertada por Deus com vista à eternidade, ou seja, obra iniciada com a finalidade estendida ao eterno.
Com a proximidade das festas natalinas, fico a observar a riqueza desta história secular que vem perdendo lugar para a imagem do bom velhinho, gordo, abastado, capaz de presentear quantos quiserem... O menino pobre, sem enxoval, sem recursos, sem atendimento médico, nascido na mais humilde das vilas de Israel, a pequena Belém Eufrata, sem sequer um berço adequado, foi substituído pelas promessas de ganho e de fartura que Noel representa!
O Rei dos Reis, o Príncipe da Paz, nasceu humildemente para caminhar sua estrada rumo ao Calvário sem o qual não haveria remissão de pecados. Em sua pobreza humana ele traria o mais precioso dos bens à humanidade decaída: o perdão de Deus! Obra de Sacerdote... Obra de Homem Santo.
A Sua Grandeza e Majestade... Sua Glória... Seu Esplendor não era para se manifestar ainda... Aguarda o Dia do Senhor para se revelar.
Há acontecimentos importantes que necessitam se cumprir antes que o Filho do Homem seja coroado diante de toda a humanidade.
O lugar de Honra é seu... Porém, o momento certo para isso, ainda está no porvir.
De igual modo, o Sucesso, a Prosperidade, a Saúde plena que é garantida a todo aquele que nEle crer, se concretiza num momento ainda futuro. Hoje, temos de caminhar a estrada da humildade e da singeleza de coração, a vereda da justiça, o vale da sombra da morte, o caminho da esperança e da fé!
Crer é aguardar fatos que não se vêm.
Jesus seguiu seu caminho como homem... Enfrentou as dores, as rejeições, as traições, a fome e a nudez, rumo à Cruz que o aguardava, sabedor de que esse momento é passageiro e que a Vida Plena viria depois destes acontecimentos.
Seu presente de Natal para a humanidade foi fazer brilhar a Luz e trazer Paz aos corações humanos, destruídos pelo pecado.
Esse é o sentido do Natal: Deus se fez homem e habitou entre nós... E vimos a sua Glória, Glória como Unigênito do Pai! Glória expressa no fazer a Vontade do Senhor...
Que este Natal seja de alegria, pois um menino nos nasceu... Um filho se nos deu!
Seja de paz entre os homens de boa vontade, pois o Reino nos aguarda.
Seja de verdadeira adoração ao Trino Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.
Um bom Natal a todos.



Paulo Braga Silveira Junior
Dezembro / 2011

" LIVRAMENTO "

"Busquei ao SENHOR, e ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores."

Salmos 34: 4

Com fé busquei a face do Senhor
em dias que meu coração sofria;
nos pérfidos momentos de agonia;
no pranto meu, repleto de amargor!

Fiel, de mim, Deus nada requeria,
senão, que caminhasse com temor
e, com ternura, ouviu o meu clamor
amenizando a dor que me feria.

Eu, hoje, canto hinos de louvor
Àquele que tratou-me com amor
me concedendo paz e Seus valores!


Em Cristo confiei e nEle sigo;
Seu nome Santo sempre eu bendigo:
Livrou-me, sim, de todos meus temores.


Paulo Braga Silveira Junior
Dezembro / 2011

" EM NAUFRÁGIO "

"Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo"

 II Cor. 11:25

A dor que na’lma sinto neste dia
me faz olhar a vida com tremor.
Sentir, o vento forte, em seu vigor
é fato: o barco meu, afundaria.

Se Paulo, homem crente em seu Senhor,
naufrágios teve e, a outros, socorria,
por que, em mim, o crer sucumbiria
se tenho, junto a Nau, Consolador?


Meus dias, em Jesus, estão guardados.
Entrego, o navegar, aos Seus cuidados
e a fé, no coração, faz o reparo.


Qualquer que seja o rumo desta história
o fim será, por certo, de Vitória
pois Cristo não me deixa ao desamparo.

Paulo Braga Silveira Junior

Dezembro - 2011

" C A R I N H O "

"Depois do terremoto houve um fogo, mas o Senhor não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave." 
1 Reis 19:12

A brisa que sopra nesta manhã
carrega consigo um pouco de mim!...
Lembranças tão ternas... sons de bandolim;
um cheiro de chuva, também de hortelã...

Qual suco de manga, pão com gergelim,
Sabor de saudade, de pêra e maçã...
O colo de mãe, mãos de artesã;
domingo de sol, frango e talharim.

A pele recebe o toque sutil
que traz a infância em forma gentil;
um doce falar dos sonhos d’além.

Acolho o lembrar... me vem a emoção
e vejo que a brisa é doce canção;
carinho de Deus que a meu rosto vem!...

Paulo Braga Silveira Junior
Dezembro / 2011

" RENOVAÇÃO "

“E não vos conformeis com o presente século; antes sedes transformados pela renovação da vossa mente para que experimenteis qual é a boa,  agradável e perfeita vontade de Deus”

Romanos 12:2

Conformar é tomar a mesma forma.

Aplicando esse conceito às orientações do apóstolo aos Romanos entendemos que a conduta do homem de Deus não pode tomar a forma comum, se igualar, ter o mesmo aspecto da conduta do homem secular.

Aquele que quer fazer a vontade de Deus e conhecer o quanto ela é boa, agradável e perfeita, não pode se sujeitar à forma como seus contemporâneos se comportam.

A sociedade moderna tomou rumo tentando resolver delicadas situações.

Assim é, por exemplo, com relação ao desejo natural.

Homens e mulheres, hoje, mantêm relacionamento de casados desde o namoro. A intimidade e a consolidação da união plena, que era caracterizado pela cópula, deixaram de ser exigência dentro de uma proteção institucional chamada Casamento. Nos nossos dias, antes mesmo do namoro propriamente dito, nossos jovens se permitem intimidades e sexo, independente das responsabilidades e comprometimento que estas coisas exigem. Questões como Fornicação, Luxúria, Adultério, Impureza foram deixadas de lado. Prevalece o “ser feliz”.

A chamada “opção sexual” é outro índice de mudança na postura da humanidade.

Amparados e protegidos por leis e determinações, os homens se dão ao direito de escolher o caminho dos apelos carnais, mesmo que estes sejam incompatíveis com o propósito de perpetuação da espécie. Posicionar-se a favor das orientações religiosas tornou-se passível de processos e de prisão.

Ética e Moral são outros pontos da conduta do homem atual que não estão se enquadrando mais aos parâmetros de uma Lei Divina.

Hoje, o sonegar impostos parece ser exigência de sobrevivência empresarial. A chamada “Lei de Gérson”, onde se promove o “levar vantagem em tudo” é realidade já estudada por historiadores e sociólogos. A política dos interesses pessoais, o ingresso na vida pública como forma de adquirir estabilidade financeira, a estrutura governamental amparada por legislação em benefício próprio e tantos disparates mais, caracterizam uma sociedade afastada das leis bíblicas.

A Educação e o Social deixaram de visar o engrandecimento e fortalecimento da sociedade.

Até mesmo a “religiosidade” se desvirtuou por caminhos inconvenientes, afastando o homem da idéia de pecado e colocando-o como objetivo dos propósitos Divinos. O homem, criado para o Louvor, a Honra e Glória Suprema ao Deus Criador, passou a ser glorificado, honrado e louvado pelo divino, a ponto de que Deus tenha que cumprir exigências e acordos concebidos nos corações humanos segundo a pregação de muitas seitas, hoje, espalhadas pelo mundo.

Não vos conformeis com o presente século!

Servos do Deus Altíssimo: não podemos fazer de nossas vidas um espelho desta conduta humana tão inconveniente, distorcida e impura!

Fomos chamados a uma renovação na maneira de pensar! Fomos chamados a uma mudança de conduta, que não se adéqüe ao modelo social atual. Fomos chamados para sermos “santos”, no seu teor mais adequado: o de sermos “separados” para Deus.

Só assim poderemos experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para as nossas vidas.

Paulo Braga Silveira Junior

Dezembro - 2011