“Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus”
Filipenses 2: 6
Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo (Isaías 14:14).
Foi com esse sentimento que Satanás adquiriu a sua sentença de morte.
Muito embora colocado em lugar de honra, acima das demais criaturas, em extremo esplendor, próximo ao trono de Deus e habilitado para exercer sabedoria e conhecimento, Lúcifer (Anjo de Luz – Filho da Alva) desejou, no seu íntimo, o ser IGUAL a Deus.
Eis, aí, uma lição interessante!
Reparem que, no ato da tentação ao primeiro casal, a Serpente (o diabo) usou a seguinte afirmação:
“Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal.” Gênesis 3:5
A afirmativa, por si mesma, não estava errada. Vejamos a sequência da narrativa: “Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal.” Gênesis 3:22.
Mas, em razão disto, providenciou Deus;... “para que o homem não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado.”... (Gn 3:22)
Entendemos claramente que o texto mostra que o casal, no Paraíso, se encantou com a verdade de passarem a ser iguais a Deus, no tocante ao conhecimento de bem e mal, mas desobedeceram a uma ordem direta: Não comereis da árvore do Conhecimento do bem e do mal.(Gênesis 3:3)
Eis o ponto onde queremos chegar.
A árvore do Conhecimento do bem e do mal fora plantada por Deus, preparada com um propósito santo, no querer Divino, e tinha a sua razão de ser na história humana.
A árvore da Vida, igualmente! Deus sempre teve os Seus olhos, para com a humanidade, direcionados à eternidade. Fomos criados para a eternidade.
No entanto, nem a árvore do Conhecimento (antes da queda do homem) nem a árvore da Vida (após a queda) deveriam alimentar o homem.
A primeira, para que nós não tivéssemos de viver a luta constante entre bem e mal. A segunda, para que não se perpetue essa condição de decaídos do estado original.
Tudo o mais decorre deste episódio.
O que vejo, hoje, nas pregações de muitos púlpitos, é uma constante instigação para que o povo de Deus seja “igual a DEUS”!
Mas, igual a Deus em quê?
Vejo invocações de Poder, de Autoridade sobre o mal, de curas e vitórias sobre adversidades, de tantas outras baboseiras mais que fica claro, para mim, que os seguidores de tais invocações alcançaram o mesmo troféu de Lúcifer: o fogo eterno!
Condenação. Expulsão. Morte.
Somos, biblicamente, convocados a sermos Santos, porque Deus é Santo. ( I Pedro 1: 16)
Isso sim. Santidade.
Quando João quis se curvar perante o anjo, dada a grandeza das revelações que lhe foram dadas, a anjo lhe advertiu: “ Não faças tal. Sou conservo teu, de teus irmãos os profetas, e de todo aquele que guarda as palavras deste livro. Adora a Deus. “ (Apocalipse 22:9)
Por maiores que sejam nossos atos, nossas obras, nossos feitos, testemunho e dedicação, só estaremos fazendo o que Deus nos ordenou fazer.
Nem mesmo Cristo, que sendo a essência Divina, se arvorou o ser igual a Deus.
Senhores pregadores: Cuidado com o que afirmam! Seu legado pode ser as tristezas e dores ofertados ao Pai da Mentira.
Paulo Braga Silveira Junior - Março/2012