“...porque não cogitas das coisas de Deus.”
Mateus 16: 23
“Bem aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne nem sangue
quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus”... (Mt. 16: 17)
Que coisa maravilhosa receber a aprovação do Filho de Deus! Ouvir, do
próprio Senhor, que estamos em consonância com o Seu querer e a Sua vontade.
Pedro experimentou esta sensação quando Jesus perguntou a seus
discípulos quem eles achavam que Ele era.
“Tú és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. (Mt. 16: 16)
O Espírito Santo agiu no coração de Pedro e seu testemunho foi fiel,
verdadeiro.
Mas, a experiência de Pedro não parou por aí. Na sequencia da narrativa,
Jesus começa a dizer aos seus companheiros que deveria descer à Jerusalém e que,
ali, Ele seria entregue as autoridades e padeceria nas mãos destes até à morte.
Imediatamente o discípulo se enche de energia e autoridade e passa a
repreender a Cristo dizendo que deveria ter compaixão de si mesmo; que estas
coisas não Lhe aconteceriam.
“Aparta de mim, Satanás, porque não cogitas das coisas de Deus”. (Mt.
16:23)
Nossa! Que contraste. Num momento, instrumento do Espírito; no outro...
de Satanás!
Isso me chama a atenção para a imensa multidão que vem se apropriando de
textos bíblicos e proclamando inverdades, em nome de Jesus, asseverando que
algumas situações não atingirão a vida do homem crente. Enfermidades, crises, separações,
falências, derrotas... Se fizerem assim... Ou se fizerem assado... Jamais isto
lhes acontecerá!
Não cogitam das coisas de Deus!
Esse mesmo Pedro, que negou a Cristo 3 vezes numa mesma noite, se vê
agora contrito e quebrantado quando o Senhor lhe aparecesse ressurreto. Jesus
lhe pergunta, por 3 vezes: “Pedro, tu me amas?”
A resposta de Pedro era sincera. Ele O amava! Com todas as suas
forças.
No entanto, ele é advertido que, em função deste amor sincero,
verdadeiro, genuíno, teria os olhos traspassados e ficaria cego. Nos seus
últimos dias de vida seria conduzido pelas mãos de outros. Isto estava nos
desígnios de Deus (Jo 21: 18).
Quando Estevão, cheio do Espírito Santo, foi apedrejado, ele morreu! (Atos
7: 59)
De onde vem as contundentes afirmativas de que o homem cristão fica
livre dos males se for bom dizimista, se frequentar religiosamente a igreja, se
seguir à risca as leis e mandamentos de Deus?
Só encontro uma resposta: quem faz tais afirmações não cogita das
coisas de Deus!
Tais afirmativas são mentirosas. Não procedem da Palavra!
Melhor, então, que de tais discípulos, ou apóstolos, nos apartemos.
Paulo Braga Silveira Junior – Abril/2012
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