E, Naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios.
E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas?
Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém?
Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
Lucas 13: 1 a 5
Ouço as pessoas comentarem sobre a tragédia que se abateu sobre o Haiti. Jornais e televisão dão conta das dimensões da catástrofe e nos informam sobre a situação naquele país.
Isso leva muitos a questionar sobre o por quê de tanta gente atingida. E começa, então, o pior hábito do ser humano: julgar a seu próximo.
Não é difícil encontrar no meio evangélico aqueles ávidos a apontar os crenças e costumes do povo haitiano como a causa para a dimensão da tragédia.
Isso me faz reportar ao texto da palavra de Deus registrado pelo evangelista Lucas no capítulo treze de seu evangelho.
Dentre o povo judeu daqueles dias havia os que olhavam para as tragédias com olhos julgadores. Ao verem as barbáries que Pilatos fazia com alguns galileus imediatamente associaram o ocorrido com o pecado ou a maldade que as vitimas deveriam ter cometido para que Deus permitisse aquelas mortes.
Igual ao que ouvimos hoje em dia, por meio daqueles que ainda pensam assim.
Tal equívoco é prontamente indicado por nosso Senhor Jesus Cristo que, claramente, aponta para a verdade de quem ninguém é mais pecador do que o outro.
Jeremias, no livro das lamentações, alerta: “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim.”
Cada um de nós, por si mesmo, é merecedor da pena máxima. Graças a nosso Senhor Jesus Cristo, em Seu incomensurável amor, é que encontramos o perdão e a remissão de nossas faltas.
O que ocorreu no Haiti não é culpa dos Haitianos... É culpa de cada um de nós e de nossa omissão para com a criação do Senhor, esse universo maravilhoso em que vivemos. Ao agirmos com tanta displicência para com a natureza provocamos a resposta do cosmo, das forças naturais, das leis que regem o universo. Então... convivemos com as tragédias.
Nenhum de nós, por mais cristão que seja, está imune de assaltos, enfermidades, morte, crimes, violências, vícios, tragédias!!!
Estevão, pleno do Espírito Santo, foi apedrejado até a morte. Os discípulos foram martirizados... Teria Deus olhado para tais como mais pecadores?
Claro que não.
Deus tem marcado, no seu calendário do tempo, o dia em que todas estas coisas não mais alcançarão o viver do crente, mas até lá teremos de conviver com situações como a que alcançou o povo haitiano. E crer que, apesar da morte, temos vida eterna em Cristo Jesus.
Ao povo do Haiti, nossas preces e ajuda material, na certeza de que, entre eles, está presente, também, o Amor de Nosso Deus e Pai.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
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